Em tempos idos, saíram soldados à rua e palavras que ansiavam pela liberdade de um povo. Em tempos idos elevaram-se as vozes e o povo fez soar a calçada e levantar os braços.
Passados 50 anos, o poema “Abril” foi dissecado. Os cânticos azuis foram transformados pelas flores pesadas de seiva. O desenvolvimento do fruto da tangerineira passou para o sonho de bagos de romã. Os homens que escavavam a terra à procura da verticalidade, encontraram as sementeiras de abril. E foram vistos dicionários a voar e memórias de vozes passadas.
É Abril, e as turmas do 5.ºB, 5.ºC, 5.ºD, 5.ºE e os alunos de Hortofloricultura Salvador (5.ºA), Filipe (7.ºB) e Gabriel (7.ºB), arregaçaram as mangas e lançaram à terra sementes prateadas, que ainda hoje germinam longamente à espera de flores concretas.